NOVELA SEGUNDO SOL INSPIRA FILHA A MATAR A MÃE?

óbvio que não  ...... leia 
....Paloma Botelho de Vasconcelos, 21 anos, matou a mãe Dircelene Botelho, 51 anos, também chamada de Dirce. O crime aconteceu em Petrópolis, na casa onde elas moravam.

Você que assiste O Segundo Sol, quantas pessoas já matou desde o episódio da injeção? Nenhuma? Sabe por que? Pessoas não matam porque viram na televisão. Pessoas matam porque assim decidem.
Por falta de empatia com a vítima. Porque não têm dentro delas desenvolvido o sentimento de culpa, dó, nem piedade. Não foi por sua causa, viu, Lauretinha?
As pessoas fazem o que bem entendem. Depois botam a culpa em outra pessoa. A ideia da morte foi do namorado. A da injeção, de Laureta. Arrumam uma desculpa que cuspa a responsabilidade sempre em outra pessoa. Nunca nelas.
A de Paloma, foi essa. Coitadinha, tão fraquinha, se deixou influenciar pela novela maligna. Desculpa fajuta. Puro mimimi. E o saco na cabeça foi do Capitão Nascimento? E o veneno no vinho?
Paloma já vinha dando pistas de que não era assim uma pessoa de grande caráter. Coisas sumiam dentro da casa. Dinheiro inclusive. Para confirmar as suspeitas que tinha, o padrasto mandou colocar câmeras para desvendar o mistério. Mistério de culpado bem conhecido.
Paloma matou a mãe com a ajuda do namorado, Gabriel Molter, 26 anos. Doparam Dirce com formol e torturaram a criatura durante quarenta minutos tentando matá-la de várias formas. O objetivo era matar de forma a que parecesse uma morte natural.
Paloma escreveu uma carta para a mãe:
- Você podia ter abortado, mas preferiu ter me criado com falta de seu amor materno. Você não sabe a falta que me faz.
Hoje em dia já se conhece o caso de mães que não conseguem amar os filhos. Elas existem. Para uso externo são fantásticas. Generosas, queridas, colaborativas. Um doce de criaturas.
Fora de casa, são admiradas por todos. Mas dentro de casa, não conseguem dar afeto para os filhos que têm. Ou para alguns dos filhos que têm. Pode ser que Dircelene fosse uma mãe assim? Eu não sei. Não posso afirmar.
- Não me mate, filha! Sou sua mãe. E te amo!
-Eu não tenho mãe!
Esse foi o último diálogo entre mãe e filha. Paloma teve mãe, sim. Não a ideal que ela imaginava? Mas teve a mãe real e possível que Dircelene pôde ser.
Paloma foi maltratada quando criança? Jamais saberemos. De qualquer forma, agora ela cresceu. Pode trabalhar, ganhar seu dinheiro e ir embora. Não pode? Por que gastar tanta energia planejando vinganças ao invés de planejar seu futuro?
Não era amada? Nada justifica uma morte. Principalmente da própria mãe. Na falta de amor materno, se fosse o caso, Paloma tinha a possibilidade de ir embora. Morar em outro lugar. Estabelecer novas relações que suprissem sua carência.
 A mãe ama. Mas a filha, por questões internas, não consegue entender a forma materna de amar. É amada, mas não sente dessa forma.
Muitas vezes, pessoas com uma personalidade imatura tendem a responsabilizar os pais por tudo de ruim que lhes acontece. Ao invés de tomar o leme da própria vida e ir à luta, resmungam, pela vida afora, como bebês chorões.
Como criancinhas famintas esperando peito. Incapazes de se alimentar sozinhas. Rondam em torno dos pais cobrando atitudes, afetos, presentes, dinheiro. Benefícios. Cobram direitos. Não se lembram que têm deveres.
Essa falha pode ser da educação? Pode. Pode vir da velha falta de limites. Da vontade que o filho não se frustre nunca. Que seja sempre só feliz. Pais que criam pequenos reizinhos criam pessoas molengas, incapazes de dar conta da própria vida.
Paloma engravidou em 2017. A mãe financiou o aborto. Por conta do aborto, que ela sentiu como forçado, Paloma decidiu que mataria a mãe. Sério?
Uma moça de vinte anos, sem estudo, sem emprego, solteira, sem recursos próprios, nem do parceiro, engravida. Quem ia bancar essa criança? Dirce? Só mais uma pergunta, uma menina de vinte anos, faz um aborto obrigado? Não faz. Se não quiser fazer, não faz.
É claro que é muito mais fácil jogar as culpas da sua vida em cima do outro. Mas a vida é sua. Sempre vai ser. Essa moça quando matou a mãe, matou a galinha dos ovos de ouro. Acabou a vida boa. Mesmo que não fosse tão boa quanto ela gostaria.
A morte de Dircelene foi planejada. Foi pensada. Paloma tentou outras vezes. Chegou a colocar herbicida no vinho de Dirce que sentiu o gosto estranho e não bebeu. Há suspeitas de que haja outros alimentos envenenados pela casa.
Isso é muito grave. O crime só foi descoberto porque o padrasto foi olhar nas câmeras. A causa da morte nem foi a injeção de Laureta. Foi o saco na cabeça do Capitão Nascimento.
Por: Mônica Raouf El Bayeh

cantinho da mah morenah

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