foto : sandro rodrigues |
O Brasil faz parte do grupo contrário à proposta do Japão, que é defendida também por países de tradição baleeira como Islândia e Noruega. A caça comercial das baleias está proibida há 32 anos, mas o país asiático diz que é hora de revisar o regulamento e liberar a atividade.
Na manhã desta quinta, a Declaração de Florianópolis, que coloca os princípios básicos de proteção e reafirma a moratória de caça à baleia, teve 40 votos a favor, 27 contra e 4 abstenções. O documento propõe que os recursos da Comissão Internacional da Baleia sejam destinados inteiramente para a conservação, e não para a caça.
Entretanto, apesar da reafirmação da moratória, a proposta japonesa de retomar a caça ainda pode ser votada nesta sexta.
"A votação do retorno da caça a baleias deve ocorrer por sugestão do Japão, em outras convenções, com propostas divergentes, uma situação assim, em que já foi aprovado o contrário, a questão é tirada de pauta. Como se trata de um país como o Japão com ampla participação no evento e na questão pode ser submetido à votação. Na prática, não tem chance de ser aprovada", explicou o diretor do Instituto Baleia Jubarte, José Truda Palazzo.
O governo brasileiro comememorou a aprovação da Declaração de Florianópolis. “Coloca os princípios básicos de proteção, reafirma a moratória de caça à baleia, coloca a questão da conservação como uma questão prioritária e, pela primeira vez em 20 anos, nós temos uma vitória expressiva. Então, estamos todos muito felizes”, afirmou o Secretário Nacional de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente José Pedro de Oliveira Costa.
A possibilidade de que a caça de baleias seja liberada gera protestos desde segunda-feira (10) por parte de ambientalistas e ONGs internacionais que estão em Florianópolis para acompanhar as discussões.
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