Traficante Marcelo Piloto já está no presídio federal de Catanduvas, no Paraná

 O traficante Marcelo Pinheiro Veiga, conhecido como Marcelo Piloto, já está preso no presídio federal de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná, segundo informou uma autoridade do governo brasileiro. O transporte foi feito em um avião da Polícia Federal. Piloto foi expulso do Paraguai nesta segunda-feira.


A autorização para transferência do traficante ao presídio federal foi dada pelo juiz Rafael Estrela Nóbrega, da Vara de Execuções Penais da Capital, que atendeu a pedido do secretário de Segurança do Rio, general Richard Nunes. O Departamento Penitenciário Nacional já tinha indicado a penitenciária paranaense como opção. A autorização, em caráter liminar, fixa prazo inicial de 60 dias para a permanência no Paraná.
Ele deixou o Paraguai em uma aeronave no início da manhã desta segunda-feira algemado, encapuzado e com colete à prova de balas. Usava short, camiseta e chinelos, e foi entregue à Polícia Federal de Foz do Iguaçu, no Paraná. Quando entrou no avião ele disse que estava passando mal.
O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, o Marito, disse, em seu perfil no Twitter, que decidiu expulsar Marcelo Piloto, para que seu país "não seja terra de impunidade para ninguém". Em entrevista coletiva, Marito disse que não quis que Marcelo Piloto permanecesse em seu país por mais tempo, após tentativas de fuga abortadas:
- Decidi expulsá-lo do país. Assumo os riscos, porque não queria mais que o processo estivesse na Justiça. Temos esta atribuição, e a utilizamos. Já foi o suficiente: quatro tentativas de fuga foram abortadas. Pedimos celeridade com toda nossas vozes e nossa força, e agradeço porque recebemos todo o apoio da Justiça. Mas já não quis lhe oferecer mais tempo por aqui.
Faca em presídio

No sábado, Marcelo Piloto matou, dentro de uma cela no quartel da Polícia Nacional, onde estava preso desde dezembro, a jovem argentina Lidia Meza Burgos, de 18 anos, que o visitava pela segunda vez. O assassinato teve como objetivo impedir sua extradição para o Brasil. Segundo o Ministério Público do Paraguai, Lidia trabalhava como garota de programa e entrou no presídio de forma irregular. Ela ficou 40 minutos com Piloto e foi golpeada 16 vezes.
Questionado sobre o motivo de o traficante estar com uma faca, o ministro do Interior, Juan Ernesto Villamayor, disse que os presos recebiam todos os utensílios necessários para se alimentar, inclusive uma faca.
- Mas vamos ser sinceros, ele poderia matar ela até com um cabo de madeira, com as mãos. Reconheço que havia uma falha pelo telefone (que o traficante tinha) - afirmou o ministro ao jornal "ABC Color".
Ainda segundo o jornal paraguaio, ao ser indagado se o governo esperou que uma pessoa morresse no Paraguai para expulsar o traficante, o ministro respondeu:
- Não se esperou que uma pessoa morresse, isso implica uma intencionalidade. Não se esperou absolutamente nada. Se respeitou a institucionalidade, no sentido de que já estava em marcha o processo da extradição - afirmou, em entrevista nesta segunda-feira.
Ele acrescentou que Piloto pode ser julgado pelo feminicídio de Lidia e cumprir pena no Brasil.
Troca de comando
Após o assassinato de Lidia, o presidente paraguaio anunciara, no último domingo, através de sua conta no Twitter, a troca de comando na Polícia Nacional do Paraguai após reunião com o Conselho de Segurança Interna do país. Gregorio Walter Vázquez Alderete será o novo comandante da polícia paraguaia. Já Eladio Sanabria Morán será o novo subcomandante.
Gregorio Walter Vázquez Alderete, no entanto, foi acusado de cobrar propina para escolher os policiais que ocupariam cargos de chefia, segundo o jornal "ABC Color". O caso aconteceu em julho desse ano quando ele ocupava a direção da Polícia Nacional em San Pedro. Quem estava no posto e não aceitou pagar foi retirado dos cargos. Walter nega as denúncias.
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